Queria casar comigo. Eu disse o que dizem as mulheres de meia-idade, temerosas de todas as coisas. Ficou tão feliz que acendeu um cigarro. Tão entusiasmado que soltava as palavras junto com a fumaça. A sua calça de crepe indiano me denunciou as pernas bambas. Bebi. (Aquela coisa de querer despistar pensamentos múltiplos). Cachaça com caju, pra descartar qualquer finesse. Nunca fui mesmo, fina. Sempre assim: cabelo espigado, uns calos aqui e ali e uma maldição que me faz tropeçar nos próprios pés. Falei um pouco, de não-exigências. Não falei de planos, não toquei no salário. Estava uma noite bonita demais pra essas coisas. A felicidade estava em termos descoberto que os dois gostávamos de andar descalços. Contar estrelas na esteira. Beber cana com caju.
Anomalias de alma e devaneios sem corda.
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Monday, January 30, 2006