Friday, September 28, 2007

Sete e meia acordo. Te dou o meu sorriso mais pleno. Te testo a preguiça com beijinhos sem barulho. Te digo que quero um copo de café seu.

Nada pode ser tão categórico - você diz. Ninguém pode querer tanto a mesma coisa todo dia.

Pois eu te quero. Te tenho. Mas continuo te querendo, porque te querer já é costume meu - desses quer não se dorme sem.

Friday, September 14, 2007

Há alguns males que só se cura viajando. Os piores, pra longe. Quanto mais anônimo, melhor. Eu, quando preciso, faço malas grandes, ponho tudo apertadinho e vou.

No caminho, canto as minhas músicas prediletas à capela, me concentro nas montanhas íngremes, nas barracas de castanha e laranja cravo, nas casas mais modestas do meio do nada. - É pelo nada que você precisa passar quando quer exorcizar. E nesse rito eu rezo, rio, choro, lembro de coisas indizíveis que ninguém se acha capaz de lembrar.

Depois sossego. Fico bem quieta esperando os acontecimentos me atingirem. Desço e sinto o lugar e o que ele me traz. Há mil coisas para se observar. Coisas a se filosofar sobre. Tudo me parece suscetível e frágil (saem boas fotos desses momentos).

Nada além disso jamais me causa uma sensação tão verdadeira de liberdade. Felicidade é não fazer extravagâncias para ser feliz.