Tenho uma tendência a achar que o mundo sofre de mazelas muito diferentes das minhas. De questões mais profundas, ou mais convenientes. De dúvidas menos freqüentes, dificuldades menos latentes. Às vezes, porém, me ocorre cada alegria sem sentido. Sensações que não sei se mereço. O mundo pára diversas vezes em seu curso, comigo no curso dele. O outono favorece a minha solidão. Nina Simone embala a minha paixão, essa que não sei a quem dedico, já que os extremos em que vivo são tão tênues que não sei o que seria de mim se ainda fosse adolescente nesses dias. Juro que quero coisas inalcançáveis. Quero as coisas de que menos sei. Os riscos que mais me parecem absurdos. Mas não sei bem de que se trata o meu querer. Em qual tipo de rótulo ele se encaixa. Se for na escala da calma, posso perecer. Se for na escala da paixão, posso apenas ser - Quem eu sempre quis.
1 Comments:
felicidade assim, sem mais nem menos, parece tão esquisito.
às vezes me pego pensando assim.
esse teu post - a foto ajuda - me deu uma vontade de escrever cartas.
escrevia tantas antes...lembro que tudo que estava à minha volta ia parar no papel: a música, o filme que estivesse passando e até uma mosca que pousasse numa sílaba.
um xêro bom nesses cachos.
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